Noite de quarta-feira, dia 6 de junho. Ansiedade a 1000! Afinal, haviam se passado dois meses e meio do acidente, e logo pela manhã desta quarta-feira, já tinha recebido a tão esperada notícia: "O Racer ta pronto!".

A bordo do BLP, caímos na estrada, Bia (Escortete) e eu (Alxd.Racer). Apesar do frio e da chuva da semana, a noite estava estrelada. Um convite a abrir o teto solar, ou seria teto estelar? Hahaha!...

Um bom som rolando, Chuck Berry, Papa Roach e Bem Harper. Um bom papo rolando e as horas vão passando. Seguimos a velocidade média de 100km/h, às vezes 140km/h com a estrada vazia, às vezes 80km/h por causa dos caminhões.

Logo a Escortete pega no sono e a tarefa de conduzir o BLP de volta a sua terra vai ficando difícil. O aquecedor faz os olhos arderem, o sono vem chegando. Velocidade reduzida, atenção redobrada. Viajar de noite é bom para poupar tempo, mas o cansaço de um dia de trabalho pesa.

Estamos em SP, caio na marginal e logo vejo o ponto de encontro. Um posto de gasolina próximo ao Shopping Center Norte. Estaciono o BLP, olho para um lado, para o outro e de repente, braços acenam. Achei os amigos. George, Regiane, Heitor e Fogal. Amigos recentes, mas com uma ligação que parece ter toda uma vida. Atrás dos amigos, aquela grade oval, faróis me olhando. O Racer me pergunta: “gostou?”.

A emoção é tanta que fica difícil entender o que os amigos falam enquanto vejo e entro no carro. Pareço anestesiado. Quando de repente, vejo uma garrafa de champagne. Não da outra, logo agito e estouro para comemorarmos a volta do Racer. Perfeito, brilhando. Praticamente melhor do que antes.

00h30 e a fome é "negra". Dali do posto direto para o Habib's com os amigos. Única exceção é Heitor, que foi embora dormir, pois no dia seguinte partiria para Curitiba, rumo ao encontro do Passat Clube.

Quinta-feira, dia 7. Amanhece e nos preparamos para o passeio a Paranapiacaba. Bela cidade, com valor cultural e histórico de suma importância para o nosso país. Várias fotos registram nosso passeio (confira aqui).

De volta à casa do George, nos preparamos para ir ao encontro de reestréia do Racer. Local: Posto Yes, Barra Funda. Momentos antes de sair, correias de alternador e ar condicionado viradas. Minutos se passam, horas se passam até finalizarmos o serviço. Porém, a correia do alternador está prejudicada. Será que dá para ir? Mas como não ir? Reestréia do Racer sem Racer?

Partimos a bordo dele para o encontro e na metade do caminho, luz da bateria acesa. Para a nossa sorte, na Barra Funda tem o Mercadocar! Ah, se tivesse um desse no RJ... Paramos o carro no posto Yes e fui até a loja na companhia de Supermano100 (salvou o encontro com seu MK3). Correia nova comprada, mãos a obra! Enquanto rola o encontro, George e eu metemos a mão na massa.

Terminamos minutos antes dos últimos membros irem embora. Na volta para Ribeirão Pires, passamos pelo então "cruzamento maldito", o do acidente. Passava pela mesma faixa, sem pestanejar, mas de olho nos retrovisores, é claro! Mudo de faixa rapidamente e avanço o sinal. Nunca mais paro ali. Pit Stop no Mc Donalds - estávamos famintos - e chegamos em casa, sãos e salvos. Ufa!

Sexta-feira. Dia de tirar as pendências do Racer na oficina. Mas como ainda não havia tirado o som do BLP para recolocá-lo no Racer, fui fazer o trabalho. Resultado: uma manhã perdida e atraso no trabalho na oficina.

Na volta para Ribeirão, barulho estranho na traseria. Paramos o carro em frente a casa do George e constatamos um pneu furado. Isso minutos antes de pegar a estrada rumo a São Lourenço/MG. Tiramos a roda/pneu e saímos no BLP atrás de borracheiro, isso às 20h00... Problema resolvido, tive medo de partir de noite. Afinal, percorreria aproximadamente 300km e estava preocupado que acontecesse algum problema. Partida adiada para o dia seguinte.

Sábado amanhace e nos despedimos. Momento triste, temos que deixar os amigos e nos preparar para voltar para a correria do dia a dia. Mas ainda é sábado, e mais um roteiro para o Racer: São Lourenço, sul de Minas, circuito das águas como é chamada a região. Bruce, meu filho, mora lá.

Saindo de SP completamos o GNV e caímos na estrada. Nasci para isso! Quem me dera poder sempre viajar... Agora de dia, ar condicionado ligado e um bom som rolando. Os quilômetros vão se passando e chega a hora de abastecer, diminuo a velocidade e mais um susto, a luz da bateria acende, apaga, acende bem fraquinha e apaga. Correia do alternador arrebentada? Não pode ser, senão ficaria acessa direta. O que é afinal? Paro o carro para abastecer e para a minha surpresa, identifico o problema. Um dos parafusos de fixação do alternador se soltou e acabei perdendo-o. A correia afrouxou e a bateria não carregava mais. Pronto, Escortete e eu parados na estrada em Guaratinguetá, SP. Para a nossa sorte, ando com uma bolsa cheia de parafusos na mala. E lá estava ele, filho único de mãe solteira, um único parafuso que caberia no local. Parafuso recolocado, de volta à estrada. Chegamos em São Lourenço e vejo o meu filhão. Cada dia maior, cada dia mais lindo! (pai coruja, hehe!). Passamos uma ótima tarde com ele.

Chega Domingo e agora sim, é hora de voltar para casa, Rio de Janeiro, para colocar a vida na rotina. Segunda feira tem trabalho. Mas tudo bem. Trabalhemos mais para ter vários outros momentos como esse feriadão. Companhia intensa dos amigos, nos bons e nos maus momentos, que foram so ruins por problemas mecânicos. Mas qual o carro que não da problema? Ainda mais um que estava parado há quase três meses! E que agora está de volta à ativa. E se Deus quiser, nunca mais sairá.

Quero agradecer ao apoio de todos os amigos, que por mais que estivessem distante fisicamente, nunca me abandonaram. Sem vocês tudo teria sido bem pior. Valeu galera! Tamu junto!

Confira as fotos do retorno do Racer, clique aqui.