Ford Escort - Historia de Campeão!!
Até o ano de 2002, passaram-se 34 anos do modelo Ford Escort (sua comercialização começou em Janeiro de 68, embora sua produção começasse antes), embora fosse necessário esperar ate 1970 para começar a vê-los. Com dados peculiares, junto com o Escort apareceram as famosas siglas RS, que significam, Rally Sport, e o nome do carro "Escort" que significava "companheiro".
Voltando naquele tempo: Ao segundo meio da década de 60, a filial da Ford na Inglaterra (marca forte neste mercado), necessitava de um sucessor para o Anglia 105E compacto. As fábricas inglesas e alemãs, que até então trabalhavam independentes, decidiram unir seus esforços para fazer um projeto comum. Ao mesmo tempo, no mundo da competição, e sem ir muito para a parte traseira na história, os anos 66 e 67 marcaram um estágio importante para a Ford nos Rallies. Durante aquelas temporadas, a marca vinha acumulando vitórias em testes diversos. Este seria o prelúdio dos sucessos mais importantes para Ford. O Ford Cortina, da família, vencedora durante cinco anos, passava para o Ford Escort sua responsabilidade. (Ao Lado foto de um Ford Cortina) Sendo assim nascia o Escort, que durante 1967, em somente 6 meses tornava-se um carro muito conceituável. A fabricação do modelo começou em novembro de 1967 em Halewood (Inglaterra), e na colônia (Germany).
Ford Escort (1967 - 1971)
Apareceu ao público em 17 de janeiro de 1968, em Marrocos. Era o primeiro modelo do Escort, e o começo de uma saga mística na história dos Rallies
(ao lado fotos do interior e da parte externa desta primeira Família de Ford Escort). As primeiras versões eram sedans de duas portas, com tração traseira, caixa de 4 velocidades e com dois motores disponíveis: um de 1.100 cc (45 Cv) e outro de 1.300 cc (52 Cv). A versão GT era esporte (não muito mais), e este último motor chegou até os 64 Cv.
O sentido do pinhão e da cremalheira era a inovação na marca, mas as suspensões seguiram o conceito típico usando a McPherson adiante (a filial da Ford na Alemanha estava abrindo caminho no uso destas suspensões em um Ford Consul de 1951). Era uma linha central rígida na dianteira com meios semi-elípticos atrás.
 Aqui está uma foto de um Escort GT pilotado pelo Finlandês Rauno Aaltonen e co-pilotado pelo Inglês Henry Liddon. Eu suponho que esta foto era um teste na África, ou era um tipo de maratona típica naqueles anos.
Sua produção permaneceu até 1971. Este era o primeiro Escort da história, junto com ele nascia também um modelo que seria o verdadeiro Ford Escort Inicial, O Ford Escort Twin Cam. A diferença entre este modelo e o citado acima e que o Tiw Cam é o verdadeiro Ford Escort Esportivo. Ao lançar este Ford Escort viram a necessidade de criar um departamento especial capaz de abastecer os novos modelos da Ford. Assim nascia a Advanced Vehicle Operation's (operação avançada do veículo): a AVO. Para curiosos, ficava situada na Avenida de Arisdale, Ockendon sul, Aveley, Essex, Inglaterra.
Em novembro de 1969 o departamento novo tinha sido aprovado, e a AVO estava encarregada do projeto, desenvolvimento e construção dos carros. Estes mesmos seriam vendidos na Inglaterra e na Europa pelos distribuidores da FORD RALLY SPORT. O primeiro modelo que saiu da AVO era um Escort idêntico, ao que é falado acima. Ao chegar em outubro de 1971, 1 milhão de Escort´s tinham sido feitos, e ao parar a produção deste primeiro Escort, um total de 1.076.118 unidades tinha sido fabricadas.
Ford Escort Twin Cam (1967 - 1971)
Agora vamos entrar um pouco na situação do esporte daqueles anos… O rival principal que a Ford enfrentou era o Cooper Mini. . Este pequeno (e nunca rather) foi criado em outubro de 1961, com um motor de 997cc e de carburador duplo que poderia gerar 55 Cv. Parecia um carro ideal para rallies. Os diretores da BMC (British Motor Corporation) levaram a sério suas carreiras, tanto que deram aos rallyes algo desconhecido naquele momento: criaram a primeira equipe oficial de Rally, contrataram pilotos e co-pilotos.
Após primeiros resultados bons, decidiu-se aumentar o poder dos Mini, montando um motor de 1.071 centímetros cúbicos que deu 70.2 Cv. O Cooper Mini S tinha nascido (S de special). E naqueles anos a fama dos Mini em Montecarlo começou a despontar, desde que ele ganhou todas as provas que foram disputadas no principado entre 1962 e 1965. No fim de 1965 a cubicagem dos Mini levantou 1.275cc, e o poder chegou até os 77 Cv. Em 1966, em Montecarlo, três Minis realizam um pódio histórico, ocupando as três primeiras posições. Desagradavelmente desqualificados por uma anomalia nas luzes. O seguinte ano, 1967, a vingança chegou. O motor novo de 1.275 centímetros cúbicos recebeu as melhorias que fizeram aumentar o seu poder até os 135 Cv (o dobro do anterior!). Mas a época dos Mini chegou ao seu fim. No ano seguinte 1968 surgiram os seus rivais superiores, Porsche 911 e Ford Escort. Não podemos falar do Escort sem dar estes esclarecimentos sobre seu principal rival (hehe ex-rival).
Como já dito antes, a alternativa até 1967 da Ford para competir contra os Mini tinha sido o Ford Cortina, que foi montado com um motor de origem da Lotus de 1.6 litros com eixo de cames duplo (daí o nome Twin Cam). Este mesmo propulsor foi montado no Escort recém-nascido. Era o nascimento do Ford Escort Twin Cam.
Este motor da origem da Lótus tinha 110 Cv, 1.558 centímetros cúbicos e 6.000 RPM. A caixa de engrenagens era de 4 marchas com a embreagem hidráulica de 8 polegadas. Os pneus eram aproximadamente 165/13, e os freios, dianteiros com disco de 9.62 polegadas, e atrás de cilindros. Chegava de 0 a 100 quilômetros (60 mph), em 9 '9 segundos, e com velocidade máxima de aproximadamente 113mph (aproximadamente 180 quilômetros). Seu valor era de 1.162,78 libras do tempo.
O chassi recebeu a denominação do "tipo 49", e um foi baseado no chassi da Escort normal ("tipo 48"), mas reforçado e iluminado.
Apesar de sua vida curta, era muito bem sucedido na competição. A primeira vitória chegou no primeiro Rally, o internacional no circuito de Ireland, em 1968, com Roger Albert Clark ao volante. A Twin Cam obteve múltiplas vitórias por todo o globo. A ultima estava no Safári do Rally de 1971.
Até junho de 1971, que é quando sua produção parou, 883 Twin Cam tinham sido feitos, so que sobrevivem mais ou menos uns 100. O momento chegou, aposentando-se e abrindo as portas ao seu sucessor, um Ford Escort de 16 Válvulas, o RS1600.
Durante estes anos o Escort ganhou o Championship do mundo dos Rallies em 1968 e em 1969. Além ao Rally já mencionado o internacional de Ireland, o Twin Cam superou também no mesmo ano o Tulip holandês (Alemanha), Alpine Austrian (Áustria), O Acropolis (Grécia) e o Rally de Scotland, todos eles em mais ou menos 8 semanas. Quando terminou sua primeira temporada tinha ganhado também o famoso e prestigiado 1000 Lagos, na Finlândia. A Ford obteve conseqüentemente o Championship do mundo nos construtores. O seguinte ano, em 1969, o título se repetiria.
Ford Escort MK1 RS 1600 e Ford Escort Mexico (1970 - 1975)
 Foi outro modelo criado pela AVO, e era a evolução lógica do Escort, apresentado no começo de 1970, e permaneceu na produção até 1975, quando foi substituído pelo RS 1800 (que não foi feito só pela AVO). Esse primeiro ano (1970) era especial para a marca da Ford na Inglaterra: era o ano em que a AVO, e a FORD RALLY SPORT (RS), começam a trabalhar junto. Ao lado o primeiro Mk1 RS 1600 da história o logo que o identificou. O RS 1600 teve um motor de 1.599 centímetros cúbicos (em outros locais eu encontrei quem disse-se 1.601… caso raro), 16 válvulas e 120 Cv (embora o Cv foi chegado até 160), e caixa de engrenagens era de 4 marchas. Mais adiante apareceriam versões de 2.000 centímetros cúbicos, 200 Cv e caixa de engrenagem ZF de 5 marchas. Igual ao Twin Cam alcançou as 113mph ( uouuuuuu!!!! 180 quilômetros), fazia de 0 a 100 quilômetros em menos de 9 segundos, e em um quarto da milha (aproximadamente 400 metros), fez em 17 segundos. Os pneus eram Pirelli 165/13. Suas bases do preço eram de 1.447 libras, embora com opções diversas do equipamento o preço poderia aumentar mais em outras 200 libras. Foram construídos em torno de 1.000 unidades de RS 1600.
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Motor e Fotos do modelo |
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E neste ponto devemos fazer uma pergunta. Ford Escort México? A que se deve esse nome? Durante estes anos as vitórias do Escort se seguiram uma após a outra por todo o globo. E o difícil rally Londres-México chegou em 1970, este foi disputado em 16.000 milhas (aproximadamente 25.600 Kms).E a Ford registrou um Mk1 RS 1600 preparado especialmente para a duríssima corrida. Estes carros eram as versões especiais preparadas a partir do chassi "tipo 49", com uma resistente gaiola de ferro em seu interior. O motor era o habitual no modelo (1.600 centímetros cúbicos), mas levantado até 1.834 centímetros cúbicos com uma potencia aproximada de 140 Cv obtidos. A caixa de engrenagens era a ZF de 5 marchas. Ao terminar a prova, Hannu Mikkola e Gunnar Palm eram os vencedores com um daqueles Escort´s modificados. Mas a grande noticia foi o fato que os Escort´s também ocuparam a terceira, a quinta, a sexta e a oitava posição na classificação geral final. Na época de hoje somente 2 daqueles carros sobrevivem: O vencedor (registro na corrida FEV 1H), que está no museu da Ford em Dagenham, e o carro que terminou em 8º aos controles de Sobieslaw Zasada (registro na corrida FTV 48H), que está em processo de restauração e agora é de propriedade particular e anônima.
Aqui há uma foto de Mikkola no Rally Londres-México de 1970. Se for prestar atenção será possível ver a matricula, FEV 1H.
Devido à repercussão mundial que teve esta corrida, a Ford decidiu comemorá-la com um dos modelos os mais famosos produzidos pela AVO, Ford Escort México. As diferenças principais estavam nas capacidades dos sistemas da lubrificação do motor e de refrigeração (de capacidade menor no México), e os equipamentos de série da versão México eram mais completos. Naquela época custava 1.447 libras, embora com as opções disponíveis pudesse custar 240 libras à mais.
O Escort México obteve rapidamente um local na historia das competições devido a uma copa Monomarca, a Escort Mexico Challenge introduzido em 1971 que se tornou muito popular. Os grandes pilotos desta copa começariam a prevalecer mais tarde no mundo dos circuitos e dos rallies. Alguns exemplos que nós temos são Marshall Gerry e Andy Rouse nos circuitos, e com Russell Brookes e Tony Pond nos rallies.
Sua produção terminou na fábrica do AVO em Avely, Essex em janeiro de 1975. Durante os anos que estava na produção submeteu-se a varias mudanças. Em 1972 a bateria foi mudada do local, e em 1973 todo o sistema da suspensão da linha central traseira submete-se a uma revisão que prepara a entrada do seguinte modelo, o Mk2 em 1975.
Umas fotos da escolta México e outra do logo que caracterizava a serie:
 Bom, nós terminamos por aqui com as perguntas sobre o Escort México e continuamos com o Mk1 RS 1600.
O Ford Escort tinha ganhado uma fama grande de força e de confiabilidade. Pouco á pouco os motores aumentavam a potencia, primeiramente com os 1.8 de 205 Cv, e mais tarde com o 2.0 que gerou 250 Cv, e continuado obtendo vitórias. Quando o ano de adeus chegou (1975), o RS 1600 tinha ganhado rallies muito complicados e diferentes como o Safári africano do leste (mais conhecido como: "O Safári", em 1972, com Hannu Mikkola e Gunnar Palm, tornando-se os primeiros europeus a obter este titulo), o RAC (3 vezes seguidas, em 1972, em 1973 e em 1974), os 1000 lagos da Finlândia (5 vezes), o Artic Rally (também na Finlândia), e o Rally de Heatway (Nova Zelândia).
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Um Escort no Montecarlo de 1969. Este carro pilotado por Jean-Francois, e copilotado pelo determinado Jean Todt. Sim, ele mesmo Todt que no meio dos anos 80 se tornaria famoso como o diretor de esporte de Peugeot, e que nos 90 entraria na F1 pela Ferrari. |
O keniata Joginder Singh durante o Safári de 1972 (repare na foto em detalhe: sem capacetes… com turbantes). Em 1974 e em 1976 superaria a mesma prova aos controles de um outro carro místico dos rallies: O Mitsubishi Lancer 1600 GSR. |
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Ford Escort MK1 RS 2000 (1973 - 1974)
 O nome original deste modelo deveria ser "puma", mas foi apostado no final pela continuidade das abreviaturas RS, e foi rebatizado como RS 2000. Dentro da escala dos Escort este era o último modelo produzido pelo AVO (que foi fechada definitivamente em dezembro de 1974). O último carro do AVO chegou aos 8 de novembro de 1973, quando o Ford Capri RS 3100 apareceu à imprensa (motor V6 de 3100cc e 148 Cv), o único Escort modelo feito pelo AVO. Eu deixo um pouco o assunto, mas bem… é que é um carro muito bonito. Um par das fotos do Capri, tanto quanto a versão da rua ou com uma preparação impressionante para a competição:
Bom, retornando ao Mk1 RS 2000, este modelo apareceu em junho de 1973. O preço deste modelo era de 1.586 libras esterlinas. As primeiras 2.000 unidades feitas entre junho e setembro de 1973 eram reservadas para o mercado alemão, a Inglaterra tivera que esperar até outubro desse ano para obter uma unidade.
Usou mesmo chassi que o RS 1600 México ("tipo 49"), mas com um motor novo de 1.993 centímetros cúbicos, que no princípio dera algum problema para entrar no local onde antes de havia um motor menor. A caixa de engrenagens era de origem alemã, e totalmente diferente das usadas previamente. Deu a ele menos potencia (100 Cv, 2 a menos do que Ford Cortina), mas disponível a menos giros (5.750). 5.000 unidades foram feitas para obter a homologação do Escort Grupo 1. No momento presumisse que aproximadamente 3.500 daqueles 5.000 carros circulem ainda hoje.
Na altura de construir unidades para a competição (para o Mundial), não houve muito interesse. A Ford fez somente 3 unidades denominadas "pata preta", com matriculas AOO 674L, PBX 445M e PBX 446M.O primeiro (AOO 674L) foi construído inicialmente em 1973 na Alemanha, sendo baseado em especificações do Ford México, com o volante à esquerda e o cambio à direita para disputar o Rally Mintex Dales. A Ford teve que atualizar o esquema da suspensão traseira ao sistema 1974, que deu bastantes complicações. O motor gerou 165 Cv a 6.750 RPM, e recebeu partes e melhorias originais do V6 do Capri. O carro registrou se no Rally Mintes Dales, onde teve pela média, 80 Cv a menos do que seus rivais. Apesar disso, foi o vencedor. No começo de 1974 o carro foi dado ao Marshall de Gerry de modo que disputasse à excursão da Grâ Bretanha desse ano (não se trata do RAC). Gerry era até então o piloto da Vauxhall (Opel) e não sabia qualquer coisa sobre carro.
Os carros seguintes eram o PBX 445M e o PBX 446M (na foto abaixo), ambos estrearam em 1974 na Avon Motor Tour da Inglaterra. Foram registrados no grupo 1. A corrida foi disputada entre 12 e 14 de julho de 1974 e consistiu em 5 corridas em circuito e 11seções de exterior. Os pilotos da Ford eram Roger Clark e Marshall Jerry. Os carros eram idênticos exceto pelos assentos dos pilotos. Quando essa corrida longa acabou (36 horas de contra o relógio), ambos os RS 2000 terminaram na primeira e na segunda posição (Clark e Marshall respectivamente). No ano seguinte o RS 2000 pilotado por Tony Pond disputou e ganhou em 1975 a Tour da Inglaterra. Esta era a última vez que um RS 2000 disputava uma corrida por uma equipe oficial. É possível ser dito esportivamente que, a Ford esteve ignorado o RS 2000 e dando um salto do RS 1600 para RS 1800, que falaremos a seguir.
Ford Escort Mk2 RS 1800 (1975 - 1977)
Em fevereiro de 1975 a segunda geração chega (marca II, ou Mk2). Conservava a carroceria antiga porem reestilizada. A versão denominada de Ghia luxuoso foi montada com um motor 1.6 de 84 Cv, visto que a versão esportiva vinha com o eixo de cames no alto, com 95 Cv e com assentos dianteiros Recaro. Em Maio desse mesmo ano, o Escort transformou-se no carro mais vendido da Europa. Ao lado o motor.
Como curiosidade nesta versão, foram cedida chassis dos carros à imprensa (para testes, eu suponho), e dos modelos mais recentes, o número de série teve o registro BBAT. Entretanto o último modelo era um Mk2 México, com origem na fábrica de Saarlouis, Alemanha. O número do chassi destes, começou por GCAT, como esse de outros muitos Mk2. Abaixo fotos do modelo:
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Varios Mk2 RS 1800 durante "The Ford RS Owners Club National Day 2000" |
Em muitos pontos o RS 1800 pode ser considerado como um Escort México, porque tem muitos elementos em comum: chassi, freios, suspensão, diferencial, aerofólio traseiro, etc...
Uma versão que foi feita a partir deste modelo foi o RS 1800 Custom, mas foram fabricadas apenas 20 unidades, pois os custos eram muito altos. As mudanças estavam no console central, o porta luvas e mais um extra, o relógio, portas flaneladas, e porta malas atapetados completamente.
Falando unicamente de esporte é possível ser dito que a Ford foi a mais bem sucedida empresa na história dos Rallies. Quase 25 anos mais tarde, ainda hoje em dia continua ganhando corridas. Este modelo permaneceu na produção até setembro dos 77, sendo fabricadas 109 unidades, de que no momento restam umas 75.
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Fotos modernas deste modelo. A etiqueta é peculiar da escola do Rally |
Este modelo obteve sua primeira vitória no RAC de 75, com Timo Makinen (não tem qualquer ligação com Tommi tetracampeão mundial em 1996, em 97, em 98 e em 99), que para o Finlandês era sua terceira vitória no RAC (e a quarta para o Escort). A Ford repetiu a vitória no ano seguinte (1976), desta vez com o inglês Roger Clark, que obteve sua segunda vitória no RAC (a primeira em 1972). Adicionando as três vitórias precedentes de Mk1 RS 1600 (1972, 73 e 74), àquelas de Mk2 RS 1800 (75 e 76), o Escort superou 5 anos seguidos o RAC. É lógica sua fama e sua lenda nesta corrida ainda não tinha terminado…
Ford Escort Mk2 RS 2000 (1976 - 1981)
Foi apresentada em janeiro de 1976. Montado com um motor 2.000 cc longitudinal e tração traseira. Pouco se pode dizer desse modelo, pois foi baseado, e é praticamente idêntico ao RS 1800.
Ostentando o discurso, dentro do campeonato mundial dos Rallies o RS 1800 foi à referência dentro da Ford (e para muitos de seus rivais), continuando o modelo, e assim, o RS 2000 seguia obtendo vitórias e sucessos no campeonato mundial.
Bjorn Waldegard ganhou três dos rallies, os mais difíceis: Championship de 1977, Safári africano do leste (Kenya), o Acrópolis (Greece), e (outra vez), o RAC. Em 1978 ganhou na Suécia, e Hannu Mikkola o RAC. Nós estamos em 1978, e o Escort já tinha as seguintes vitórias no RAC: 1972, 73, 74, 75, 76, 77 e 78. Sete títulos do RAC já se vão…
Quando acabou o mundial de 1979, o RS 1800s tinha ganho 5 provas: Portugal, o Acrópolis (Greece), Nova Zelândia, Canadá e (como não) o RAC. O Escort ganhou 8 vitórias consecutivas em um dos Rallies mais complicados do Mundial! Nesse ano levou o título dos construtores, e o de pilotos com o sueco Bjorn Waldegard, com seu companheiro Hannu Mikkola na segunda posição. Uma grande temporada para a Ford.
A equipe começou a se concentrar em procurar um carro que substituísse bem o anterior. Apurando os últimos anos deste modelo, apareceu um nome místico neste esporte: Ari Vatanen. Com um Escort particular ele conquistou o título britânico dos Rallies em 1980 e 1981. Após ganhar no Acrópolis em 1980, Ari obteve três vitórias no mundial de 1981, e transformou-se no primeiro, e datar somente o piloto privado em ganhar o Mundial (Correção: até 2006, ano em que Sébastien Loeb ganhou o Campeonato Mundial com um Citroën Xsara WRC da equipe privada Kronos - que compete contando com a participação da marca).
Até à data desse ano (1981), e antes do impulso dos modelos novos de Audi, de Fiat ou da Lancia, a Ford viu que chegava o momento para procurar um substituto capaz de ser à altura das outras marcas, os sucessores do Escort.
Ford Escort RS 2000 Series "X" (1976 - 1978)
Este modelo não teve muita repercussão no campeonato mundial dos Rallies, e muito menos em outras categorias, mas, entretanto é avaliado muito hoje em dia. Era uma série especial para os distribuidores que permaneceu de janeiro de 76 a setembro de 78. Era a RS 2000, que teve um apelo esportivo muito completo. Algumas de suas diferenças com respeito aos modelos precedentes são seguintes:
• Bordas de 7 "de 1/2
• Pneus 225/60 de aro 13
• Complementos aerodinâmicos
• A potencia subiu para 146 Cv
• Refrigerador a óleo
• Discos ventilados nos freios
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E uma foto para a memória, com diversos modelos místicos da Ford: o Capri, um Escort, RS 2000, um Cortina (uma versão muito "moderna"), e um Fiesta. |
Ford Escort Mk2 Mexico (1975 - 1978)
Um outro modelo que não participou no campeonato mundial. Como seu nome indica era o substituto do Mk1 bem sucedido México. Que permaneceu na produção de novembro de 1975 a julho de 1978.
Não há muitas fotos, e o tamanho não é certamente grande…
Todos foram produzidos na fábrica alemã de Saarlouis. 2.500 unidades foram feitas. O motor teve 1.600 centímetros cúbicos e gerava 95 Cv a 5.750 RPM.
A caixa de engrenagens era de 4 velocidades. As bordas eram de 5.5 x 13 polegadas, com opção a 6J x 13. Os pneus eram Pirelli 175/50 de aro 13. Os assentos dianteiros foram assinados pela Recaro, e por opção poderiam ser postos bancos de competição. Poderia vir também com volantes esportivos, e com painel de instrumentos com fundo branco.
Bem companheiros, essa é a história dos modelos que não vieram para o Brasil, na próxima matéria, a historia dos modelos MK3, Mk4, Mk5 e MK6. Espero que gostem!
Saudações! |